sexta-feira, 4 de março de 2016

O VERBO FARTO E DIDÁTICO DO ACADÊMICO VIANNEY MESQUITA



Régis Kennedy Gondim Cruz*


A eloquência é uma pintura do pensamento. (BLAISE PASCAL).


Em algumas ocasiões, já tive a oportunidade de, tanto oral como textualmente, exprimir afeição pela escrita plural de Vianney Mesquita, manifesta em quase duas dezenas de livros – todos meus conhecidos - e noutros suportes de propagação escritural.
Aprecio o elo por ele procedido da palavra com a palavra. Aqui me reporto, em particular, a um escrito seu - ... E o Verbo se Fez Carne (Sobral: Edições UVA, 2004), onde traduz o Evangelista Lucas, ao transpor os versículos do “Médico de homens e de almas” para a linguagem versificada em estrofes de arte menor, conforme indica Sânzio de Azevedo (fui aluno dele nas Letras-UFC), chamado redondilho, medida usada por demais no Brasil, em particular no Nordeste, com a poesia de cordel, bem como é a configuração métrica do sonetilho – poema de catorze versos com pés de sete acentos.
Para mim, essa é sua produção maior, cuja feitura plástica à excelência, em teor quanto em forma, nos aproxima do Caminho, nos “ajunta ao Criador”, dele aqui incluindo paráfrase, quando se reportou à escritora Neide Azevedo Lopes, ao comentar sua Teoria dos Afetos; é um bem à Nação, de onde o oculto do Mistério se escondeu.
O Coautor do recentíssimo (2016) Contratualismo, Política e Educação (Gerardo Vasconcelos, Rui Martinho Rodrigues e Cândido Albuquerque – Edições UECE, 2016) descerra portas, procede a liames, dissipa dúvidas. Se mais autores houvessem retratado São Lucas como ele o fez, as veredas seriam mais direitas, aqui lembrando João Batista, Vox clamantis in deserto.
No ... E o Verbo se Fez Carne (2004), como aditou o Prof. Dr. Pe. Brendan Coleman McDonald, nas guarnições do livro, Mesquita deixou a Hermenêutica [...] com os exegetas e simplesmente apresentou lindas sextilhas de cunho setessilábico ao lado do texto original do Evangelista.
É um livro que deveria ter sido escrito pelo clero, o qual aproxima, amalgama e funde o homem com Deus.
Sou concorde em relação ao pensamento de mencionada poetisa Neide Lopes, para quem ... E o Verbo se Fez Carne em mim habitou [...] convidando-me ao ágape para desfrutar da farta mesa da sabedoria [...].




*O autor é docente das redes públicas estadual do Ceará e municipal de Fortaleza. Bacharel e pós-graduado em Letras pela Universidade Federal do Ceará.

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